sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Univesp, uma surpresa positiva - agosto 2014

Quando realizei o vestibular, eu confesso que tinha meus receios sobre a qualidade do ensino à distância que esta universidade iria me proporcionar. A primeira surpresa foi o nível do vestibular: não foi uma prova fácil, assim como não difícil, mas nada que uma boa dedicação não pudesse trazer uma nota suficiente para passar. Eu embora não ter estudado para realizar a prova obtive uma nota razoável, porém vale dizer que faz apenas cinco anos que finalizei o ensino médio e acabo de me formar em outro curso superior, portanto não estou enferrujado, logo aconselho que quem queira cursar a universidade que, desde o começo, se habitue a estudar.

Logotipo da Univesp
O hábito de estudar será necessário pois a dinâmica de um curso à distância obriga que você possua uma disciplina rígida para cumprir prazos. A UNIVESP possui uma estrutura de cursos bem pertinente aos padrões atuais: Os cursos se dividem em módulos básicos que posteriormente se ramificam em áreas específicas. Por exemplo, quem deseja o curso de engenharia, como eu, fará dois anos de matérias pertinentes ao módulo básico de engenharia e depois poderá seguir entre Produção ou Computação. Assim acontece também com os cursos de licenciatura, porém este com tempo final de curso de quatro anos enquanto engenharia cinco.


Página inicial do Curso de Engenharia 2º bimestre

Outra coisa que devo destacar é a disposição de aulas por bimestre. As aulas se dividem por bimestres reduzindo o número de disciplinas aumentando, porém, o número de horas para cada disciplina. Isso foi de extrema ajuda para o manter do foco nas disciplinas. Por aula é necessário produzir um portfólio que pode ser constituído por uma atividade ou reflexão sobre a aula, um método interessante de verificação de entendimento do conteúdo. Interessante, porém cansativo, portanto aos interessados novamente eu recomendo um planejamento de estudos para não perder prazos de entregas.

As plataformas on-line, essenciais num curso EAD, para eu que sou crítico rígido nesse quesito, estão muito satisfatórias. Há plataformas custeadas pelo governo para uso dos alunos como o TERF que permite uma interatividade entre os alunos bastante legal, ainda que os menos informatizados tendam a achar um pouco antiquado, nada que alguns dias de uso não resolvam. Enquanto o TERF é usado na parte de reuniões entre grupos, no AVA há todo o acervo de aulas atualizado semanalmente com vídeo-aulas de professores renomados e textos que auxiliam em muito no entendimento. Como se não bastasse isso, há também uma verificação periódica sobre a usabilidade do sistema, importante pois dá voz ao aluno que sente dificuldades no uso.

Printscreen de uma das salas virtuais do TERF
O atendimento on-line é exemplar, para uma universidade que está apenas começando, eu julgo que está começando bem. As respostas são rápidas e precisas.

Algo que foi extremamente bem pensado também, foi a disciplina PROJETO INTEGRADOR, que é rigidamente apresentada a fim de trazer à tona problemas atuais para nós, futuros profissionais, podermos apresentar soluções com base em dados científicos.

Nem tudo são flores, podemos listar alguns problemas, porém julgo-os problemas de início de qualquer curso. O primeiro e principal deles é a distância em si. Os alunos geralmente não estão acostumados com esse novo nível de educação, porém isso é completamente compreensível. As dúvidas aparecem pois as matérias são difíceis e os professores das vídeo-aulas, com razão, exigem bastante dos alunos. Apesar de ser um sentimento sádico, eu prefiro assim, visto que o que exigem de nós agora será exigido por nossos futuros chefes no futuro. Acho, porém, que os métodos de ensino ainda podem ser melhor explicados e apresentar resoluções de exercícios em todas as disciplinas, sem exceção. Isso já foi questionado aos tutores e poderá ser resolvido em breve.

Outro problema bastante pertinente seria o baixo número de professores para resolução de dúvidas, mesmo que on-line. Muitas vezes na resolução de dúvidas os alunos cooperativamente acabam ajudando-se uns aos outros, algo importante, porém nem sempre trazendo o entendimento da forma correta.

Acho também que deveria haver um rigor diferente no método de avaliação dos alunos para que as notas não ponderem de forma injusta os temas mais importante dos temas menos importantes.

Portanto concluo que é uma universidade com muito mais prós do que contras e indicaria para qualquer amigo ou desconhecido, com uma ressalva enorme: Só faça se quiser estudar, não tire o lugar de outra pessoa que queria muito estar lá.

Aos interessados por mais informações, cliquem aqui para acessar o site da universidade. 


9 comentários :

  1. Gostaria de saber como foi sua experiência em relação à frequência no polo de apoio presencial. Os encontros são só nos fins de semana? Se sim, quantos finais de semana por mês? Só para provas? Sou de São Paulo, mas moro e trabalho no Rio de Janeiro, porém me interessei pelos cursos. Sei que com certeza gastaria transporte e com estadia, então gostaria de saber se vale a pena. Outra pergunta: quem emite os diplomas? É a própria Univesp ou uma das faculdades que a formam, como Unicamp, Unifesp e etc?

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    1. Olá! Então...fiz em dois polos distintos durante o tempo em que cursei (acabei trancando). O primeiro, com um professor muito bom, engenheiro e com experiência em outras universidades. No outro polo, era uma professora, tinha um enfoque diferente, algo mais teórico. Eu preferia o do primeiro polo, mas acabei trancando devido a dificuldade de consciliar tudo. Os encontros são a cada duas semanas, porém há exceções.Há semanas que você precisa ir seguidamente e...isso quebra qualquer planejamento que você faça no começo. Os encontros não consistem apenas em provas, mas também de uma das matérias do curso que envolvem trabalhos em grupo, muito bacana, mas muito "viajada" para os padrões e estrutura que a universidade lhe dá. A dúvida dos diplomas eu infelizmente não tenho a mínima ideia. Porém, por lei sei que não se pode diferenciar em diploma se a universidade é à distância ou não, se for nesse sentido de preocupação que você perguntou. :)

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Sabe se ainda tem vestibular? tenho interesse em fazer eng de produção

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    1. Olá amigo. Então. Pra esse ano acredito que apenas para vagas remanecentes no SEGUNDO SEMESTRE. Mesmo sendo remanecentes eu indico. Pois, mesmo pegando o curso já em andamento o esforço que você terá de demandar é muito. Portanto, se se inscrever e tudo der certo, reserve por baixo umas 4 horas diárias! Fique de olho no site da univesp já desde junho. Pois é a partir daí que as coisas começam a acontecer por lá! Atualmente temos a seguinte situação: https://univesp.br/processos-seletivos/vagas-remanescentes

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    2. Abriu vestibular pra Engenharias!!! Ate q enfim.... Sou da licenciatura desde 2014... Acessa o site:
      univesp.br

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  3. Ao final do curso o aluno recebe o CREA? E com as aulas somente 1 vez a cada 15 dias; a parte prática não fica defasada? Se em um curso presencial já se tem poucas aulas práticas em laboratório, imagina 1 encontro a cada 15 dias e em meio período ainda...
    Para os cursos de licenciatura ainda acho razoável essa metodologia de curso; mas para os cursos de engenharia, não sei não.
    E como é feito o estágio? É a distância também? Porque se uma pessoa opta por fazer um curso a distância com encontro a cada 15 dias, é porque provavelmente esta não tem tempo de fazer um presencial. E vai conseguir fazer o estágio de forma presencial?

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  4. Eu tenho duvida sobre a parte pratica? É satisfatória? Tenho dificuldade de imaginar enegenharia online, eu vi q as matérias teóricas sao boas, mas a parte de hardware e tals, acho dificil aprender de fato apenas na teoria.

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  5. Os portfólios esferográfica pentecostal ecoa na sabedoria plena de cargos emblemáticos

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